quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

História do Bolo na Europa

Nome genérico que designa qualquer receita de pastelaria doce que necessita de cozedura e que seja feita a partir de uma massa ou uma mistura (massa folhada, quebrada, areada, génoise, biscoito, massa de choux, merengues etc.), ás quais se juntam, antes e depois da cozedura, diversos ingredientes (massa ou pó de amêndoa, chocolate, fruta fresca, em conserva ou seca, cremes, fondant, açúcar glace, xarope, licor etc.), que dão características próprias a cada bolo, que pode ser enformado ou moldado de diversas formas (tartes, brioche, manqué, cake, etc).
As massas e misturas de base são relativamente poucas, mas os bolos têm uma variedade infinita, quer pela forma, tamanho, a natureza dos ingredientes e decoração.
A palavra gâteau deriva do francês antigo wastel, «comida». Os primeiros bolos eram, com efeito, simples broas de farinha e água, ás quais passou a juntar-se pouco a pouco mel, grãos, ovos, especiarias, manteiga, natas leite etc.
Até há pouco tempo, os bolos de campo eram feitos de ingredientes suplementares diversos, (frutas cristalizadas, licores, água-de-flor-de-laranjeira, anis etc): deram origem aos brioches pognes, couques, fouaces, cramiques diversos.
Os antigos confeccionavam bolos entre placas de ferro, antepassados das guafres, assim como preparados á base de queijo fresco, como o libum e a placenta, cuja receita é transcrita por catão. Na idade Média, os bolos diversificaram-se, continuando, no entanto, bastante rústico: os mais correntes eram os escaldados, as darioles, os nieules, os esquecidos, os casse-moseaux as ampadas, os talmouses e os beignets.
Mas em breve os pasteleiros, associados em corporações, se tornaram criativos, sobretudo durante o renascimento, sob a influência dos cozinheiros Italianos da Corte de Catarina de Médicis. Os aromas de amêndoa, flores, licores, multiplicaram-se aparecendo os brioches, os folhados os «bolos de viagem», que se conservaram muito tempo, depois os biscoitos musselina, os merengues; em seguida apareceram as grandes peças armadas arquitectais, muitas vezes mais decorativas do que saborosas. Nos Séculos XVIII e XIX, os bolos tornaram-se obras de arte de refinamento e de engenho, sobretudo quando os pasteleiros estavam ao serviço de um Príncipe ou de uma grande casa.

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